sábado, 24 de julho de 2010

JORNAL

Jornada de arranjos
Não musicais
Comerciais
O tinir das moedas
Arranjam

Quando não inventa
E transforma as poucas
Verdades

O conserto dos males
O remendo das falhas
Avistando as cores

Do
Arco-íris
Às avessas

Jornal
Papel de embrulho
(Não só de bagulhos
De dores inconsertáveis)
Onde a fome
Faminta doença a matar
Aos milhares
Se esquece

E o jornalista
Esse meio louco obcecado
Como que amordaçado
Termina
Embrulhado
E calado
Como toucinho ensacado
-Uma mentira bem contada
É o mesmo que a maior das verdades
Forjada-

A notícia acaba
Como sempre
Deturpada

Vira consumo
Supra sumo
Da mentira agenciada.


Rosalvo Júnior

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