domingo, 1 de agosto de 2010

ADORMECE

Sentado naquela pedra, ele pousa uma mão sobre a outra e
permite o abraço do vento.
Sente o aroma selvagem daquele cavalo negro que corre sem parar.
O animal encontra outro que também corria naquele campo perfeito.
Vencidos pelo cansaço, os animais param e começam a lamber-se.
Os belos cavalos negros relincham para o alto
e voltam até cruzar a linha do horizonte.
Agora o estranho homem resolve despir-se num ritmo lento,
caminha uns cem metros,
deita na grama e adormece.

Railton Santos

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